30 novembro, 2008

Palavrão com Capricho

Os tempos mudaram. E muito rápido!

Olha só: estava navegando no Uol quando me deparei com uma notícia que eu achei interessante. Era sobre o primeiro protagonista negro na Malhação, aquela novela teen que não acaba nunca. Foi aí que li toda a reportagem no site da revista Capricho. Li, achei legal e tal. Só que então comecei a navegar no site da Capricho e acabei encontrando uma outra coisa, já não tão bacana quanto a reportagem inicial. Resolvi fazer um dos testes de perguntas e respostas no site e fiquei "surpreso" com o "linguajar" (digamos) adotado pela Capricho para falar com o público de meninas adolescentes. Veja uma das perguntas:

Sua amiga traiu você. Ela beijou o seu namorado. O que você faz com essa pilantra carcamana vadia insolente?


"pilantra carcamana vadia insolente"? :O

De fato, o assunto é o mesmo da minha época (amiga e o namorado), mas o palavreado que causou espanto. Daí segui pensando: será que é uma iniciativa do editorial em seguir a tendência de linguagem dos adolescentes contemporâneos ou a coisa é realmente rasteira, apelando para a baixaria? Ou tô ficando velho e careta?

Bom, sem falar o teor machista da pergunta. É só a amiga que beijou, que traiu, e não o namorado.

Continuando as perguntas, onde as opções são ainda mais cabeludas:

Você foi ao cinema e a pessoa da frente não pára de falar no celular. O que você faz?
Mando ele desligar aquela p**** e dou um tapão na cabeça do indivíduo.


Quando eu era adolescente, lembro que só via esse tipo de linguagem em revista de sacanagem, daquelas tipo fotonovela em preto e branco.

Pois bem, meus caros. Os tempos mudaram e continuo firme e forte a achar que mudaram para melhor na maioria dos casos. O que é o caso da Malhação, com o protagonista negro, e o que não é (sem dúvida) para a Capricho, que preferiu o caminho mais fácil e grosseiro para manter a sobrevivência no mercado editorial tão sofrido.

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