22 novembro, 2007

Es Fantástico


Achei fantástica a reportagem do Fantástico (desculpe o pseudo-pleonasmo) sobre o Polymarchs, no quado "Central da Periferia". Eu mesmo não o conhecia. E a galera com quem eu convivo aqui também pouco conhece. Aqueles que sabem têm uma vaga lembrança de quando o "movimento" Polymarchs começou na década de 80.

Para quem não viu o programa do último domingo, trata-se de um DJ que há duas décadas vem animando a galera que vive na periferia da Cidade do México. É tão na periferia da cidade, mas tão periferia, que o termo local usado para designar é "ciudad perdida". Toca de um tudo, desde as tecneiras até cumbia e, mais recente, o reggaeton (no Brasil ficou conhecida aquela música da "gasolina").

O legal é que a Regina Casé acertou em cheio. Parece mesmo com as festas de tecnobrega em Belém. Mas tem duas diferenças interessantes que vi. A primeira é que o Polymarchs tem uma estrutura e aparelhos de dá inveja a muitas casas de espetáculo do Rio-SP; a produção paraense é beeeem mais modesta. E a outra é que em Belém a coisa fica mais conhecida, porque toca na rádio e passa na tv a publicidade que diz em qual "balneário" vai ser a próxima festa. Aqui não vejo isso. Na verdade, eu procurei na internet onde seria a próxima festa do Polymarchs e não encontrei (quem puder me ajuda).

Mas acredito que essas diferenças entre Cidade do México e Belém são mais por conta do tamanho entre as duas cidades. Ou mesmo que o mexicano "central", que é a galera com quem eu convivo do trabalho, não gosta muito de se ver (e se aceitar) como "periférico", como presenciei dois deles me dizendo "qué verguenza" (que vergonha). Periférico, aqui na Cidade do México, é só o nome de uma avenida e nada mais.

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